Entenda o papel do gestor no compliance de uma instituição de saúde

Entenda o papel do gestor no compliance de uma instituição de saúde

O compliance na saúde é essencial para diversos processos, principalmente aqueles que merecem maior atenção em uma instituição hospitalar, como compra de insumos, controle de estoque e relacionamento com fornecedores.

Na aquisição de materiais, por exemplo, são avaliados critérios para utilização, comparando-os com padrões de mercado e acompanhando seus valores e quantidade, assegurando que atendam à instituição. A seguir, confira a importância do compliance na saúde e as atribuições do gestor.

O que é o compliance na saúde?

O compliance na saúde é um programa que determina regras e procedimentos fundamentais para os processos existentes em uma instituição. Entre as principais exigências estabelecidas nesse conjunto de normas estão posturas éticas, transparência e qualidade na gestão.

Para melhorar o relacionamento com pacientes, os profissionais e fornecedores aumentam a confiabilidade dos processos, seja por meio da assistência, materiais adquiridos, medicamentos realizados, entre outros. Assim, condutas inapropriadas que não estão de acordo com os valores da instituição podem ser combatidas.

O papel do gestor na compliance hospitalar

O gestor hospitalar tem um papel de liderança, exercendo influência positiva nos outros profissionais por meio da cultura da instituição, treinamentos realizados, exemplo na realização das atribuições e promoção de valores. A seguir, confira 4 responsabilidades do gestor no compliance na saúde da instituição.

1. Implantar práticas anticorrupção

Evitar a corrupção dentro da instituição é fundamental. Por isso, é necessário criar códigos de conduta e de ética de modo a informar as regras aos profissionais que ali atuam. Dessa forma, o gestor precisa desenvolver práticas que evitem ações de corrupção e também ajudem no mapeamento de riscos.

2. Mapear riscos

Outra atribuição do gestor no compliance na saúde é mapear os riscos da instituição, traçando metas e objetivos concretos em que sejam considerados diferentes cenários e a reação a cada um deles.

Nesse sentido, o gestor deve obter conhecimento sobre determinações legais, como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), por exemplo, responsável por pautar o uso de dados compartilhados entre empresa e paciente. Dessa forma, quando se está ciente das regras, é possível levantar prováveis ameaças e preparar-se para imprevistos.

3. Montar e treinar uma equipe de diversos setores

Para que o compliance na saúde seja atendido é muito importante contar com uma equipe de profissionais que esteja alinhada e orientada diante das determinações internas e externas da instituição.

Portanto, o gestor deve montar uma equipe de acordo com as necessidades e investir em treinamentos e capacitações periódicas para essa equipe, renovando conhecimentos e habilidades dos trabalhadores sempre que for necessário.

4. Adequar as políticas de compliance na saúde à instituição de saúde

Para que o processo de compliance na saúde seja implementado, é preciso obter auxílio especializado na área. Além disso, conhecer os riscos que a instituição está sujeita, conhecendo leis e regulamentos internos e externos. O gestor deve colocar em prática políticas, como códigos de conduta e de ética, aplicando cada uma das responsabilidades acima.

Por fim, um plano de ação corretiva deve ser desenvolvido, caso seja preciso a administração de condutas falhas no futuro. Dessa forma, é possível adequar as políticas de compliance à instituição, aumentando as chances de sucesso.

O compliance na saúde tem como objetivo evitar práticas corruptas, como faturamento superestimado e pacientes fantasmas. Assim, dentro de uma instituição, o gestor deve prezar por informações claras e disponíveis aos fornecedores, pacientes e planos de saúde. Adotar o compliance é a melhor maneira de combater condutas antiéticas, garantindo transparência a todos que estão envolvidos.

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Mapa de risco hospitalar: o que é e como funciona

Mapa de risco hospitalar: o que é e como funciona

O mapa de risco hospitalar é uma estratégia que oferece segurança para a equipe de trabalho, para os pacientes, familiares e demais pessoas que frequentam a instituição. Dessa forma, por meio dessa estratégia desenvolvida cuidadosamente, é possível que as funções sejam desempenhadas da melhor maneira possível no ambiente hospitalar.

Na mesma linha: o mapa de risco hospitalar é constituído pela representação gráfica da planta baixa da instituição contendo círculos de diferentes cores e tamanhos, de modo a identificar as áreas que podem apresentar maiores ameaças à saúde e à vida dos indivíduos.

Portanto, ao utilizar o mapa de risco, o profissional pode ter uma clara percepção sobre a estrutura do local.  Por outro lado, sejam riscos em maior ou menor grau, eles podem comprometer a saúde de todos que circulam por aquele ambiente.

A seguir, conheça melhor o mapa de risco, como ele funciona e sua importância para a saúde das pessoas presentes na instituição.

Qual a importância do mapa de risco para o hospital?

O mapa de risco em um hospital é formado por círculos de diferentes cores e tamanhos para auxiliar na identificação de áreas que representam riscos para a instituição, seja na saúde de pacientes, profissionais ou familiares e acompanhantes.

Sobretudo, a representação do mapa de risco, realizado em um desenho técnico na planta baixa do hospital, permite que as estruturas do ambiente e grau de risco de cada uma delas sejam identificadas de forma fácil e rápida.

Desse modo, é possível que planos de ação para a prevenção de qualquer ameaça sejam realizados, garantindo assim a segurança do trabalho dos profissionais que ali atuam, e proteção aos pacientes e acompanhantes. Por esse motivo, o mapa de risco é uma estratégia obrigatória para as instituições de saúde. Ou seja, entre as ameaças e riscos que podem ser mapeados nesse dispositivo, estão:

  • aplicação de técnicas inadequadas;
  • estrutura hospitalar inadequada;
  • processos falhos;
  • turnos de trabalho ininterruptos;
  • equipamentos perigosos.

Benefícios do mapa de risco

O mapa de risco apresenta inúmeros benefícios à instituição, garantindo a segurança daqueles que circulam pelas áreas que apresentam ameaças, ajudando no controle de acidentes e promovendo conscientização de todos.

Com o mapa de risco, os funcionários estão preparados para lidar com possíveis problemas que possam ocorrer. Consequentemente, isso também garante um ambiente de trabalho sadio, estimulando o clima de cuidado, segurança, motivação, tranquilidade e produtividade.

Como resultado, o hospital ganha imagem positiva diante do mercado e do público com o desenvolvimento do mapa de risco. Afinal, essa estratégia é uma maneira de demonstrar que a instituição se preocupa com a saúde física e mental dos profissionais e pacientes. Deste modo, a reputação do hospital se fortalece e, consequentemente, ocorre aumento da procura por pacientes.

Principais riscos que o mapa deve conter

A representação do mapa de risco hospitalar deve conter círculos grandes, médios e pequenos. No entanto, o tamanho de cada círculo determina a dimensão do risco, que pode ser leve, moderado ou elevado.

Essa legenda é desenvolvida para tornar a visualização do mapa mais clara, permitindo que seja de fácil entendimento para todos. Por isso, a planta baixa deve ser refeita sempre que houver alguma alteração no ambiente, como novas saídas, entradas e máquinas. 

Acima de tudo, caso o hospital não cumpra o protocolo, pode ser multado, de acordo com a Norma Regulamentadora 1. A seguir, confira os riscos em que o mapa deve ser dividido.

Grupo 1

Em primeiro lugar: o grupo 1 é representado pela cor verde, que indica a existência de riscos físicos no local, como alta vibração, pressão anormal, ruídos com alta intensidade, temperaturas muito baixas ou muito altas, radiação ionizante e não ionizante elevada, e umidade excessiva.

Grupo 2

Em segundo lugar: representado pela cor vermelha, o grupo de risco 2 indica a existência de riscos químicos, entre eles vapores, gás, poeira, névoa, fumaça, neblinas, e substâncias químicas que podem ser inaladas pelas pessoas.

Grupo 3

Em terceiro lugar: a cor marrom indica o grupo 3, alertando a existência de riscos biológicos. Ou seja, a possível presença de vírus, bactérias, fungos, protozoários, bacilos, parasitas e microrganismos que apresentam o potencial de causar danos sérios à saúde.

Grupo 4

Em quarto lugar: o grupo 4, representado pela cor amarela, está relacionado ao modo como são desenvolvidas as atividades. Desse modo, esse grupo indica a existência de riscos ergonômicos que possam causar estresse mental e físico devido a esforço intenso ou inadequado, como por exemplo:

  • esforço excessivo;
  • trabalho em turno e noturno;
  • controle rígido de produtividade;
  • imposição de ritmos excessivos;
  • má postura;
  • jornadas de trabalho prolongadas;
  • monotonia e repetitividade;
  • levantamento e transporte manual de peso;
  • repetição de tarefas sem a pausa indicada.

Grupo 5

Em conclusão: o grupo 5 é representado pela cor azul, indicando a existência de riscos de acidentes naturais devido às estruturas inadequadas, defeituosas, antigas e perigosas. Da mesma forma, entre as ameaças estão incêndios, explosões, choques, inundações, quedas, animais peçonhentos, falta de equipamento de proteção individual (EPI), instalação elétrica defeituosa, iluminação inadequada e estoque e armazenamento inadequado.

Como fazer o Mapa de Risco hospitalar?

O desenvolvimento do mapa de risco hospitalar pode ser feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA), com o auxílio da Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SOST). Outra opção é a contratação de pessoas especializadas para realizar essa tarefa.

Ainda que montar um dispositivo contendo todos os ambientes hospitalares possa ser muito trabalhoso, essa estratégia diminui consideravelmente os acidentes dentro da instituição. Segundo informações da Organização Internacional do Trabalho, ocorrem em média 700 mil casos no Brasil, levando ao gasto anual de cerca de 70 bilhões de reais com eventos trabalhistas.

Durante o processo de desenvolvimento do mapa de risco de um hospital, é fundamental que a opinião dos profissionais atuantes seja considerada, sempre respeitando a hierarquia da instituição. Afinal, as opiniões desses trabalhadores serão responsáveis por ajudar na definição do tamanho e gravidade dos riscos que devem ser representados. Isso porque não há ninguém melhor para falar sobre os riscos do que as pessoas que trabalham diretamente com eles.

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DEA: por que usar um desfibrilador automático?

DEA: por que usar um desfibrilador automático?

A desfibrilação é um procedimento padrão utilizado em hospitais e ambulâncias, em pacientes com parada cardiorrespiratória.

As chances de sobrevivência podem ser dobradas quando ainda no local é usado o DEA (desfibrilador externo automático).

No Brasil, desde 2005, o DEA é obrigatório em locais com mais de 1500 pessoas, assim como é recomendado seu uso em determinados estabelecimentos.

Para isso, é fundamental que socorristas, enfermeiros e outros profissionais sejam treinados para estarem aptos para usá-lo de forma adequada. A seguir, veja a importância do desfibrilador externo automático, e a importância de utilizá-lo!

O que são fibrilação e desfibrilação?

A fibrilação é o fenômeno que ocorre quando as câmaras do coração não se contraem de forma simultânea.

Nesse caso, as câmaras tremem, batendo rapidamente de maneira irregular, causando frequência cardíaca acelerada e inconstante, resultando na má circulação do sangue.

A desfibrilação é um procedimento emergencial que consiste na aplicação do choque de corrente elétrica não sincronizado no tórax do paciente (desfibrilação externa) ou direto no músculo cardíaco (desfibrilação interna), como forma de reverter a fibrilação.

Quando é necessário utilizar um desfibrilador?

A batida do coração é caracterizada pela contração e relaxamento das fibras musculares, com esse movimento se repetindo em um ritmo constante para bombear o sangue para diversas áreas do organismo.

Quando o coração bate muito lentamente, ou mesmo para de bater, ocorre a parada cardíaca. As causas para esse quadro podem ser diversas, como insuficiência respiratória, doença cardíaca, choque hipovolêmico, acidente vascular cerebral, choque elétrico, envenenamento, afogamento ou mesmo pneumonia grave.

A parada cardíaca é uma situação altamente perigosa, visto que o coração é o órgão responsável pelo bombeamento de oxigênio para todo o corpo. Quando o socorro é demorado, a vítima pode falecer em poucos minutos.

É fundamental que o socorro seja rápido, utilizando o DEA junto a manobras de ressuscitação assim que os sintomas de uma parada cardiorespiratória forem identificados.

O que é o DEA e qual sua função?

O DEA, desfibrilador externo automático pode ser usado por leigos devidamente treinados e capacitados.

No entanto, o DEA pode ser manipulado também por leigos, visto que seu funcionamento é mais simples e autoexplicativo.

Sobretudo, a prioridade de uso é para locais com grande número de pessoas, eventos, supermercados, aeroportos, etc, facilitando que o socorro seja realizado rapidamente.

O próprio equipamento realiza a verificação do ritmo cardíaco do paciente, constatando a necessidade do choque elétrico, normalizando assim os batimentos durante a fibrilação por meio da carga de energia adequada.

Assim sendo, o DEA é um aparelho que permite a realização de choque controlado no paciente, revertendo o quadro.

O modelo de fibrilador é baseado em microprocessadores responsáveis por analisar diversas características do ritmo cardíaco, como amplitude, frequência e integrações matemáticas que determinam se o ritmo é compatível para desfibrilação ou massagem.

Na memsa linha, o desfibrilador externo automático conta com uma ferramenta chamada osciloscópio para monitorar e analisar o ritmo de 6 a 12 segundos em média.

Alguns modelos apresentam uma tela que permita mostrar os dados de ECG. Para sua operação, equipamentos necessitam bateria e pás adesivas.

Acima de tudo, o DEA é um equipamento de pequeno porte, leve e resistente, que conta com alimentação por meio de baterias.

Foi projetado para uso simples, de maneira confiável por usuários que disponham de treinamento mínimo, seguindo as normas e diretrizes da American Heart Association.

Testado de diversas formas, para que o salvamento seja realizado de forma adequada, também é importante que o DEA esteja em perfeitas condições de funcionamento. 

Portanto, o desfibrilador externo automático deve ser usado somente quando a vítima apresentar sinais críticos como a ausência de resposta, ausência de sinais de circulação e ausência da respiração efetiva.

Diferença entre desfibrilador manual e o DEA

O desfibrilador manual é um equipamento hospitalar, sempre presente nesse tipo de ambiente, principalmente em unidades de tratamento intensivo (UTI), salas de emergência, centros cirúrgicos, e outros locais.

Seu uso é voltado para profissionais médicos, visto que a regulação do aparelho deve ser feita manualmente, sendo constituído por duas pás que, ao serem lubrificadas com gel condutor, devem ser posicionadas sobre o tórax do paciente.

Já o DEA, pode ser usado em situações de emergência por pessoas treinadas em suporte avançado, como socorristas, policiais, bombeiros e paramédicos.

Da mesma forma, pessoas leigas também podem operar o desfibrilador, com a recomendação de que seja feito o curso de Suporte Básico de Vida.

Legislação sobre o DEA

A legislação brasileira exige que a presença de um DEA esteja ao alcance da população em locais com circulação ou aglomeração de pessoas.

Por exemplo: aeroportos, ferroviárias, centros comerciais, shoppings centers, ginásios, estádios e eventos que apresentam expectativa de 1500 pessoas.

Além disso, clínicas médicas, estéticas, ambulâncias, viaturas de resgate e carros de bombeiros também devem contar com o desfibrilador externo automático.

Por ser um grande responsável pela saúde cardíaca em casos de emergência cardiorrespiratória devido a agilidade em seu auxílio, o DEA se torna um fator determinante para a sobrevivência e saúde da vítima.

Agora você já sabe a importância do DEA para o socorro e manutenção da saúde de pessoas que podem sofrer paradas cardíacas em locais externos, que não seja clínicas e hospitais.

Esse equipamento é a melhor alternativa para evitar mortes devido à falta de assistência imediata.

Ficou interessado em saber mais sobre os modelos de DEA? Então, confira as opções de desfibriladores externos automáticos oferecidos pela RTS!

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