A transmissão de agentes infecciosos é um risco elevado e uma das maiores preocupações de um hospital ou clínica. Por isso, saber como realizar o controle de infecção hospitalar é indispensável para preservar a saúde dos pacientes e profissionais.
Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), acontecem aproximadamente 1 milhão de mortes por infecção hospitalar todos os anos e ao menos 30% poderiam ser evitadas. Portanto, essas são situações que devem ser prevenidas para garantir ambientes e operações seguras.
Neste artigo, você vai entender melhor qual a importância do controle de infecção hospitalar e quais os tipos mais comuns. Por isso, continue lendo e veja também dicas e boas práticas para evitar as infecções e oferecer maior proteção a todos no hospital!
O que é considerado uma infecção hospitalar?
A infecção hospitalar é aquela que o paciente adquire durante uma internação, ou associada a procedimentos cirúrgicos. Sendo assim, a infecção pode se manifestar inclusive após a alta do paciente e oferece riscos elevados à saúde.
Em outras palavras, são consideradas infecções hospitalares as contraídas em contato com os hospitais – com manifestação clínica a partir de 72 horas da internação ou após esse tempo em caso de procedimentos e tratamentos cirúrgicos.
Quais as principais infecções hospitalares?
As infecções hospitalares, infelizmente, são comuns em hospitais de todo o mundo, consideradas causas de inúmeras mortes. Ou seja, devido a variedade de agentes infecciosos nos hospitais, a ameaça à saúde são muitas e podem acontecer em tipos diferentes.
Por exemplo: trata-se de infecções que afetam o organismo de formas diferentes e provocam sintomas considerados sérios. Seja durante a internação ou depois da alta do paciente, de acordo com o tempo de incubação de cada agente infeccioso.
Veja abaixo, quais são os principais tipos de infecções hospitalares!
Infecção do Trato Urinário
Uma das infecções mais típicas é a que afeta o trato urinário, mais comum entre as pacientes mulheres. Na maioria dos casos, a infecção afeta a uretra ou a bexiga, sendo que em quadros mais graves, pode atingir os rins.
Acima de tudo, as infecções no trato urinário são transmitidas ao paciente em meios distintos, especialmente pela introdução de um sonda vesical. Certamente, a ITU – Infecção do Trato Urinário é causada por bactérias e pode ser sintomática ou assintomática.
Pneumonia Hospitalar
A pneumonia hospitalar é considerada após a decorrência de 48 horas de internação e pode acontecer devido à ventilação mecânica. Então, consiste em uma infecção grave e oferece riscos sérios, certamente ainda mais para a população mais vulnerável como pacientes idosos e portadores de doenças.
Contudo, os pacientes que passaram por procedimentos clínicos que envolvem a manipulação respiratória também são mais propensos a contrair a infecção porque os efeitos da pneumonia hospitalar são sérios e podem levar a quadros graves.
Infecções respiratórias
As infecções respiratórias hospitalares acontecem quando qualquer tecido do trato respiratório, inferior ou superior, é contaminado por vírus e bactérias. Sendo assim, o resultado da infecção pode causar diversas doenças, desde uma simples gripe até pneumonia.
Devido à pandemia do Coronavírus, os riscos causados pelas infecções respiratórias merecem ainda mais atenção, sobretudo em pacientes que apresentam fatores de risco. Nesse caso, as medidas de controle devem ser ainda mais intensas e eficazes para evitar situações graves.
Quais são os pacientes considerados de risco?
Em determinados pacientes, a propensão de contrair uma infecção hospitalar é elevada, devido às condições do quadro de saúde. Geralmente, são pessoas que apresentam doenças crônicas e deficiências imunológicas que facilitam a ação dos agentes.
Nesse sentido, esses pacientes são considerados de risco e os principais são:
- crianças e idosos;
- portadores de diabetes;
- pessoas com sistema imunológico debilitado;
- pacientes que passaram por cirurgias;
- pacientes entubados;
- pacientes que usaram antibióticos por muito tempo.
Em todos esses casos, a equipe médica deve ter ainda mais atenção em relação às infecções hospitalares. Os riscos são maiores e em caso de qualquer tipo de infecção, o desenvolvimento de quadros graves é maior em relação a outros pacientes.
Qual a importância do controle de infecção hospitalar?
Os hospitais são ambientes em que a circulação de vírus e bactérias são altas e podem ser transmitidas com facilidade. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a taxa de infecções hospitalares atinge aproximadamente 14% das internações.
Diante disso, o controle de infecção hospitalar consiste em um conjunto de ações que atuam para evitar a transmissão de agentes infecciosos em um hospital. São práticas que contribuem para preservar os pacientes e impedir qualquer tipo de infecção.
Considerando o alto risco que as infecções oferecem, o controle é indispensável para reduzir a transmissão, quadros graves e óbitos. Sendo assim, são medidas extremamente importantes para promover a segurança nas atividades dos hospitais.
Portanto, a realização do controle de infecção hospitalar é fundamental para preservar a saúde dos pacientes e garantir procedimentos cirúrgicos e tratamentos seguros. Como resultado, proteger todas as pessoas que frequentam os ambientes do hospital.
Qual o papel das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar?
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar é um órgão que realiza a avaliação do planejamento e normatização das ações de controle das infecções. Desse modo, é uma autoridade que direciona as medidas do SCIH – Serviço de Controle de Infecção Hospitalar.
Todo hospital deve constituir a CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, que tem as seguintes funções:
- criar, manter e monitorar o serviço de controle de infecção;
- promover a vigilância epidemiológica ativa;
- controlar e monitorar os procedimentos invasivos;
- desenvolver ações de educação e conscientização;
- adotar métodos de proteção a infecções;
- controlar o uso de medicamentos que favorecem infecções.
Acima de tudo, o objetivo da comissão é evitar a transmissão de agentes infecciosos e com isso, garantir a devida proteção dos pacientes. Por isso, é formada por profissionais qualificados na área da saúde, como enfermeiros, médicos, farmacêuticos e outros.
Como evitar as infecções hospitalares?
Para evitar a infecção hospitalar, os médicos e enfermeiros devem ter atenção exclusiva a alguns aspectos durante a rotina diária. Certamente, além da higienização básica das mãos, é necessário cuidar de todos os materiais e procedimentos cirúrgicos.
Sendo assim, a gestão do hospital deve criar uma comissão e definir padrões para reduzir as infecções. Sobretudo, com procedimentos claros para toda a equipe e seguidos a rigor, inclusive orientando os pacientes e acompanhantes.
Algumas das principais ações para impedir a infecção hospitalar são:
- uso adequado de EPIs;
- troca de EPIs no tempo correto;
- escolha materiais descartáveis;
- higiene constante das mãos;
- esterilização dos equipamentos;
- definição de medidas de higiene no hospital;
- nunca reutilizar luvas;
- protocolo de desinfecção;
- orientar os familiares a não levar itens de casa para o hospital;
- atenção redobrada com pacientes portadores de doenças crônicas.
Além dessas medidas, o uso de uma autoclave moderna para a esterilização de utensílios médicos é indispensável. O aparelho é capaz de promover uma limpeza profunda e eliminar diversos microrganismos responsáveis por causar diferentes tipos de infecções.
Lembre-se também de ter atenção especial com os resíduos gerados no hospital e garantir que sejam acondicionados e manuseados com toda segurança. Uma boa alternativa é o sistema de recolha descartável, que recolhe fluidos com proteção contra vazamentos e filtro bacteriano.
O controle de infecção hospitalar é uma atividade essencial e que precisa ser vista como prioridade em um hospital. Portanto, é uma prevenção relevante e que faz toda a diferença para evitar riscos sérios à saúde dos pacientes.
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