Transfusão de sangue em bebê prematuro: saiba os efeitos negativos

Transfusão de sangue em bebê prematuro: saiba os efeitos negativos

A transfusão de sangue é o ato de infundir a substância ou apenas alguns de seus componentes, por meio de uma veia, no organismo do indivíduo. A transfusão de sangue em bebê prematuro pode ser necessária, mas a melhor opção é evitá-la.

Acima de tudo, por apresentar riscos, é um assunto muito discutido entre os profissionais da saúde. A seguir, veja quando é preciso realizar uma transfusão, seus efeitos negativos e como evitar em alguns casos.

Quando é necessária a transfusão de sangue em bebê prematuro?

Conforme a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em média 45 a 75% dos prematuros de baixo peso, ao nascer, precisam receber transfusões de sangue durante o período de internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Apesar disso, não existe uma fórmula que avalie a necessidade real desse procedimento.

Por outro lado, a transfusão de sangue em bebê prematuro é indicada em casos de anemia, com a maioria dos serviços de assistência neonatal adotando critérios estritos para a indicação de transfusão em prematuros, baseando-se na experiência clínica.

Assim, as unidades neonatais devem estabelecer os critérios de transfusão e avaliação periodicamente, de acordo com a repercussão clínica do uso do protocolo.

Como a transfusão pode ajudar a anemia?

Caracterizada pela escassa quantidade de glóbulos vermelhos (eritrócitos) no sangue, a anemia em um recém-nascido é uma das causas da necessidade de transfusão de sangue em bebê prematuro. Por outro lado, alguns fatores são:

  • perda de sangue;
  • desnutrição excessiva;
  • produção deficiente dos glóbulos vermelhos.

Em outras palavras: durante o parto, a criança pode perder muito sangue. Então, caso aconteça o desprendimento da placenta ou laceração do cordão umbilical, isso causa hipotensão arterial e insuficiência respiratória.

No entanto, outra situação que pode causar a perda de sangue e, consequentemente, anemia no prematuro, é a repetição de exames laboratoriais. Bebês podem perder até 15% de seu volume total de sangue circulante durante uma internação de duas semanas em uma UTI – sangue que não será rapidamente reposto pela imatura medula óssea neonatal porque o organismo do bebê não consegue produzir novos glóbulos vermelhos para recuperação.

Quais os efeitos negativos da transfusão de sangue?

Ainda que seja a única forma de tratar casos de anemia, a transfusão de sangue em bebê prematuro pode apresentar alguns efeitos negativos, como por exemplo: o risco de transmissão de infecções. Entre os quais podemos citar:

  • HTLV (1: 3.000.000);
  • HIV (1: 2.000.000);
  • Hepatite C (1: 2.000.000);
  • Hepatite B (1: 200.000);
  • Hepatites A/E (1/1.000.000);
  • citomegalovírus (1%).

Além disso, estudos descrevem o risco para alterações imunológicas. Entre elas, podem estar presentes:

  • reações transfusionais;
  • alteração de resposta imune;
  • reação enxerto-hospedeiro;
  • sobrecarga hemodinâmica;
  • hipotermia;
  • hipercalemia;
  • aumento de ferritina sérica.

Consequentemente, devido aos efeitos negativos, é realizado um esforço para reduzir a indicação da transfusão de sangue em bebê prematuro de baixo peso.

Como evitar a transfusão de sangue no bebê prematuro?

Segundo a SBP, além de adotar critérios restritos, é importante que a instituição faça o planejamento da assistência ao prematuro desde seu nascimento, visando a prevenção da anemia e diminuição da necessidade de transfusões de sangue.

Entre as medidas efetivas para minimizar a necessidade de transfusão, está a redução da espoliação sanguínea, que visa diminuir a perda e a coleta de sangue. Outras medidas que auxiliam são:

Monitorização não invasiva

Em primeiro lugar: por meio do uso de oxímetro de pulso, monitor transcutâneo de gás carbônico ou capnógrafo, é possível reduzir a espoliação sanguínea e diminuir a necessidade de coleta de sangue para análise de gases arteriais.

Indicação criteriosa de exames laboratoriais

Em segundo: é recomendado evitar pedidos de exames desnecessários porque, além de espoliar o bebê, têm pouco valor na assistência ao paciente.

Uso de microtécnica para análises laboratoriais

Em terceiro: o uso de microtécnicas laboratoriais com coleta de sangue em frascos pediátricos contribui para a redução do volume de sangue espoliado em 35 a 50%.

Adoção de equipamentos com tecnologia avançada de transfusão de sangue em bebê prematuro

Em quarto lugar: incluir equipamentos que permitam a análises por meio de poucas gotas de sangue, como o i-STAT. 

O que é o i-STAT?

O i-STAT é um analisador sanguíneo portátil manual, por isso permite que a equipe neonatal responda rapidamente a qualquer necessidade ou alteração na condição do prematuro, tomando decisões urgentes sobre o tratamento no leito.

Portanto, a análise funciona por meio da inserção de 2 a 3 gotas de sangue no cartucho que, em seguida, deve ser inserido no i-STAT, possibilitando que os profissionais visualizem os resultados na tela em apenas alguns minutos. Por exemplo. Entre os exames disponíveis no i-STAT, estão:

  • CG4+(lactato);
  • CG8+ e EG7+ (hematologia);
  • CHEM8+ e EG7+(bioquímicos e eletrólitos);
  • cTnl, CK-MB e BNP (marcadores cardíacos);
  • EG7+ e CG8+ (gasometria);
  • PT/INR e ACT (coagulação).

Em suma: o i-STAT aumenta a eficiência e a produtividade ao reduzir o tempo necessário para coleta e processamento, além do relato de resultados. Em conclusão: O equipamento é um produto Abbott, distribuído pela RTS, e contribui diretamente na diminuição da necessidade de transfusão de sangue em bebês prematuros, pois utiliza de 2 a 3 gotas de sangue.

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