O mapa de risco hospitalar é uma estratégia que oferece segurança para a equipe de trabalho, para os pacientes, familiares e demais pessoas que frequentam a instituição. Dessa forma, por meio dessa estratégia desenvolvida cuidadosamente, é possível que as funções sejam desempenhadas da melhor maneira possível no ambiente hospitalar.
Na mesma linha: o mapa de risco hospitalar é constituído pela representação gráfica da planta baixa da instituição contendo círculos de diferentes cores e tamanhos, de modo a identificar as áreas que podem apresentar maiores ameaças à saúde e à vida dos indivíduos.
Portanto, ao utilizar o mapa de risco, o profissional pode ter uma clara percepção sobre a estrutura do local. Por outro lado, sejam riscos em maior ou menor grau, eles podem comprometer a saúde de todos que circulam por aquele ambiente.
A seguir, conheça melhor o mapa de risco, como ele funciona e sua importância para a saúde das pessoas presentes na instituição.
Qual a importância do mapa de risco para o hospital?
O mapa de risco em um hospital é formado por círculos de diferentes cores e tamanhos para auxiliar na identificação de áreas que representam riscos para a instituição, seja na saúde de pacientes, profissionais ou familiares e acompanhantes.
Sobretudo, a representação do mapa de risco, realizado em um desenho técnico na planta baixa do hospital, permite que as estruturas do ambiente e grau de risco de cada uma delas sejam identificadas de forma fácil e rápida.
Desse modo, é possível que planos de ação para a prevenção de qualquer ameaça sejam realizados, garantindo assim a segurança do trabalho dos profissionais que ali atuam, e proteção aos pacientes e acompanhantes. Por esse motivo, o mapa de risco é uma estratégia obrigatória para as instituições de saúde. Ou seja, entre as ameaças e riscos que podem ser mapeados nesse dispositivo, estão:
- aplicação de técnicas inadequadas;
- estrutura hospitalar inadequada;
- processos falhos;
- turnos de trabalho ininterruptos;
- equipamentos perigosos.
Benefícios do mapa de risco
O mapa de risco apresenta inúmeros benefícios à instituição, garantindo a segurança daqueles que circulam pelas áreas que apresentam ameaças, ajudando no controle de acidentes e promovendo conscientização de todos.
Com o mapa de risco, os funcionários estão preparados para lidar com possíveis problemas que possam ocorrer. Consequentemente, isso também garante um ambiente de trabalho sadio, estimulando o clima de cuidado, segurança, motivação, tranquilidade e produtividade.
Como resultado, o hospital ganha imagem positiva diante do mercado e do público com o desenvolvimento do mapa de risco. Afinal, essa estratégia é uma maneira de demonstrar que a instituição se preocupa com a saúde física e mental dos profissionais e pacientes. Deste modo, a reputação do hospital se fortalece e, consequentemente, ocorre aumento da procura por pacientes.
Principais riscos que o mapa deve conter
A representação do mapa de risco hospitalar deve conter círculos grandes, médios e pequenos. No entanto, o tamanho de cada círculo determina a dimensão do risco, que pode ser leve, moderado ou elevado.
Essa legenda é desenvolvida para tornar a visualização do mapa mais clara, permitindo que seja de fácil entendimento para todos. Por isso, a planta baixa deve ser refeita sempre que houver alguma alteração no ambiente, como novas saídas, entradas e máquinas.
Acima de tudo, caso o hospital não cumpra o protocolo, pode ser multado, de acordo com a Norma Regulamentadora 1. A seguir, confira os riscos em que o mapa deve ser dividido.
Grupo 1
Em primeiro lugar: o grupo 1 é representado pela cor verde, que indica a existência de riscos físicos no local, como alta vibração, pressão anormal, ruídos com alta intensidade, temperaturas muito baixas ou muito altas, radiação ionizante e não ionizante elevada, e umidade excessiva.
Grupo 2
Em segundo lugar: representado pela cor vermelha, o grupo de risco 2 indica a existência de riscos químicos, entre eles vapores, gás, poeira, névoa, fumaça, neblinas, e substâncias químicas que podem ser inaladas pelas pessoas.
Grupo 3
Em terceiro lugar: a cor marrom indica o grupo 3, alertando a existência de riscos biológicos. Ou seja, a possível presença de vírus, bactérias, fungos, protozoários, bacilos, parasitas e microrganismos que apresentam o potencial de causar danos sérios à saúde.
Grupo 4
Em quarto lugar: o grupo 4, representado pela cor amarela, está relacionado ao modo como são desenvolvidas as atividades. Desse modo, esse grupo indica a existência de riscos ergonômicos que possam causar estresse mental e físico devido a esforço intenso ou inadequado, como por exemplo:
- esforço excessivo;
- trabalho em turno e noturno;
- controle rígido de produtividade;
- imposição de ritmos excessivos;
- má postura;
- jornadas de trabalho prolongadas;
- monotonia e repetitividade;
- levantamento e transporte manual de peso;
- repetição de tarefas sem a pausa indicada.
Grupo 5
Em conclusão: o grupo 5 é representado pela cor azul, indicando a existência de riscos de acidentes naturais devido às estruturas inadequadas, defeituosas, antigas e perigosas. Da mesma forma, entre as ameaças estão incêndios, explosões, choques, inundações, quedas, animais peçonhentos, falta de equipamento de proteção individual (EPI), instalação elétrica defeituosa, iluminação inadequada e estoque e armazenamento inadequado.
Como fazer o Mapa de Risco hospitalar?
O desenvolvimento do mapa de risco hospitalar pode ser feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA), com o auxílio da Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SOST). Outra opção é a contratação de pessoas especializadas para realizar essa tarefa.
Ainda que montar um dispositivo contendo todos os ambientes hospitalares possa ser muito trabalhoso, essa estratégia diminui consideravelmente os acidentes dentro da instituição. Segundo informações da Organização Internacional do Trabalho, ocorrem em média 700 mil casos no Brasil, levando ao gasto anual de cerca de 70 bilhões de reais com eventos trabalhistas.
Durante o processo de desenvolvimento do mapa de risco de um hospital, é fundamental que a opinião dos profissionais atuantes seja considerada, sempre respeitando a hierarquia da instituição. Afinal, as opiniões desses trabalhadores serão responsáveis por ajudar na definição do tamanho e gravidade dos riscos que devem ser representados. Isso porque não há ninguém melhor para falar sobre os riscos do que as pessoas que trabalham diretamente com eles.
Gostou destas informações? Quer continuar acompanhando conteúdos como este? Então, siga nossas redes sociais para ficar informado! Estamos no Facebook, Instagram, e Linkedin!